Um dos assuntos mais comentados mundialmente é
a preocupação com a disponibilidade de água potável para a população. O uso
demasiado desse recurso e a constante contaminação e poluição dos rios e lagos
favorecem a crise hídrica ao redor do mundo.
Diante deste cenário e da escassez de água, alternativas devem ser criadas para
um melhor aproveitamento desse valioso bem. A água de reúso é um bom exemplo de
como podemos evitar o desperdício com o reaproveitamento.
O monitoramento é fundamental para o controle do processo de tratamento e para
garantir a qualidade da água.
O sistema de reúso de água na indústria é viável somente se houver o
monitoramento e controle adequados, além de seguir as legislações vigentes. A
aplicação do uso da água define o grau de confiabilidade e de exatidão. O
monitoramento será com Analisadores on-line e Análises off-line de amostras
coletadas manualmente.
Os Analisadores on-line, como o
TW-52-HP, têm uma vantagem de coletar dados em tempo real e podem ser
integrados diretamente aos sistemas de controle de supervisão e aquisição de
dados. Os parâmetros e a frequência de monitoramento devem ser escolhidos em
função das leis vigentes.
A frequência do monitoramento pode acontecer diariamente, semanalmente,
mensalmente e até anualmente.
A avaliação inicial da água fonte, verifica espécies contaminantes para
determinar os processos de tratamento necessários e deve
ser feita com Análises off-line
em um Laboratório Acreditado ISO/IEC 17025 RBLE.
A avaliação posterior do monitoramento da água
final deve ser feita para identificar contaminantes de interesse, não
suprimidos pelo tratamento.
Algumas análises são feitas no local com Medidores de Campo, para o
monitoramento operacional do desempenho.
Os principais parâmetros de monitoramento
O pH e a Dureza podem relacionar-se à corrosão
ou incrustação. Águas recuperadas podem ter valores de pH extremos, por
lavagens cáusticas ou regeneração de
algumas resinas de troca iônica.
A Turbidez em linha é um importante indicador de qualidade microbiana. Os
protozoários, Giardia e Cryptosporidium, são eliminados pela filtração.
A Cor é indicador de orgânicos naturais na água.
O Cloro é recomendado para monitoramento dos residuais desinfetantes que são
necessários para garantir a segurança microbiana.
O TOC indica matéria orgânica, níveis elevados podem indicar membranas sujas,
que fornecem uma fonte de nutrientes para a colônia bacteriana.
A Condutividade elétrica é um bom indicador de sólidos totais dissolvidos (STD)
e salinidade.
Coleta acreditada
Dependendo da água fonte, podem-se incluir
metais específicos como Fe, Mn, Pb, e Radionuclídeos, ânions específicos como _SO_4_²_?,
_NO3-,
sílica, nutrientes como NH3, de fósforo,
subprodutos de desinfecção como, Trihalometanos, ácidos haloacéticos e alguns
orgânicos sintéticos específicos.
A maioria não requer análises frequentes, quando a composição da água fonte
sofreu um monitoramento investigativo e o processo de tratamento foi
devidamente projetado.
Diretrizes gerais
• Resolução CNRH nº 54 (28/11/05): Diretrizes e
critérios gerais para a prática de reúso direto não potável de água;
• Resolução CNRH nº 121 (16/10/2010):
Diretrizes e critérios para a prática de reúso direto não potável de água na
modalidade agrícola e florestal, definida na Resolução CNRH nº 54, de 28/11/2005;
• Lei 11.445 (05/01/2007): Política nacional de
saneamento básico;
• Decreto SP nº 58.107 (05/06/012): Reúso de
águas de tratamento de esgotos como um recurso, em particular para a expansão
de áreas urbanas.
Algumas Normas Legais
• Decreto SP nº 47.397 (4/12/02): define no
artigo Artigo 57, IV, b, a exigência de licenciamento para sistemas autônomos
públicos ou privados de reuso de efluentes líquidos;
• Resolução CONAMA nº 430 (13/05/11): Condições
e padrões de lançamentos de efluentes, Capítulo III: gestão de efluentes e
promoção do reuso (artigo 27);
• Normas Municipais (SP)
- Lei 13309 (31/01/02 ): Reúso não potável,
proveniente das ETEs para lavagem de ruas, praças públicas, passeios públicos
entre outros;
- Decreto 44128 (19/11/2003): Regulamenta a Lei
M. SP 13309;
- Lei 14018/05 (28/06/2005): Programa Municipal
de Conservação e Uso Racional da Água e Reúso em Edificações;
- Resolução CONAMA nº 357 (17/03/2005):
Classificação das águas doces, salobras e salinas;
- Portaria de Consolidação n°5 (28/09/2017): Procedimentos de controle e
vigilância de qualidade de água para consumo humano.
Normas Técnicas
·
Reúso de efluente tratado na indústria: Manual
de orientações para o setor industrial – FIESP-ANA.
·
NBR 15527 (2007): Aproveitamento da água de chuva
para fins não potáveis de coberturas urbanas;
·
NBR 13969 (1997): Define quatro classes de água
de reúso, define normas gerais sobre projeto, construção e operação de tanques
sépticos.
Padrões de lançamento e frequência de
monitoramento
Água de reúso deve obrigatoriamente atender aos
padrões de lançamento estabelecidos:
•
Artigo 16 da Resolução Conama 430/2011;
•
Artigo 21 da Resolução CONAMA 430/2011;
•
Artigo 18 do Regulamento da Lei 997 de 31 /03 /1976, aprovado pelo Decreto 8.468/1976 e suas alterações.
Responsabilidade do Produtor de Água de Reúso
• Proceder às Análises Laboratoriais.
•Elaborar um relatório anual consolidado.
•Volume produzido e distribuído, destino do produto, procedimentos adotados para garantia de qualidade laboratorial e medidas de proteção da saúde dos funcionários envolvidos na produção, distribuição e utilização;
• Avaliação da qualidade da água de reúso produzida, monitoramento, descrição de eventuais não conformidades e respectivas ações corretivas adotadas.
•Disponibilizar os registros operacionais sempre que solicitados pelos órgãos e autoridades competentes.
A Digimed há 39 anos fabrica Instrumentação Analítica no Brasil, fornecendo medidores de laboratório, campo e analisadores de processo para o monitoramento dos principais parâmetros para o controle eficiente durante o processo de água de reúso, conheça um pouco sobre a linha de Medidores e Analisadores:
Medidores de Laboratório e Campo
•DM-22 medidor de pH de laboratório;
•DM-2P medidor de pH de laboratório e campo;
•DM-COR medidor de Cor de laboratório e campo;
•DM-TU medidor de Turbidez de laboratório e campo;
•DM-32 medidor de condutividade de laboratório;
•DM-3P medidor de condutividade de laboratório e campo;
•DM-CL medidor de Cloro de laboratório e campo.
Analisadores
de Processo
• TH-404 analisador, transmissor e controlador de pH e ORP;
•TC-404 analisador, transmissor e controlador de condutividade;
•TB-44B analisador de turbidez;
•TW-52-HP analisador, transmissor e controlador de Cloro Amperométrico;
•AI-COR2-HP analisador, transmissor e controlador de Cor;
•AI-SIA-TOC analisador, transmissor e controlador de TOC.
Além da fabricação de Instrumentação Analítica,
à Digimed também conta com laboratório de ensaio e coleta acreditada pela
ISO/IEC 17025 e faz parte da Rede Brasileira de Laboratório de Ensaio (RBLE)
que agrega confiabilidade e interpretação de resultados.
Grupo de Análises
-Análise Físico-química
-Análise Microbiológica
-Análise de Compostos Orgânicos voláteis e
semi-voláteis
-Análises de resíduo sólido, solo e sedimento.