A Turbidez está relacionada ao fenômeno óptico da opacidade do meio, ligada à dispersão da luz em um meio aquoso, provocada pela presença de partículas em suspensão que interferem na transparência e qualidade da água.
A análise é feita para o controle da presença de colóides e partículas em suspensão, nas quais microrganismos podem se alojar e proliferar, exigindo mais cuidados com agentes patógenos, tempo operacional e custos mais elevados no tratamento da água.
Além disso, a Turbidez, quando de natureza poluente, tem forte impacto ambiental, pois a excessiva presença de partículas nos corpos d’água, obstruem a entrada de luz solar, impedindo a fotossíntese, causando um esgotamento indesejado do Oxigênio Dissolvido (OD). Essa falta de oxigenação natural, pode causar a mortandade da vida aquática.
A Portaria 888/2021, do Ministério da Saúde, é uma das principais normas regulamentadoras para Turbidez, ela determina os Valores Máximos Permitidos (VMP) para que a água seja considerada potável. A Resolução CONAMA 357/2005 também aborda o parâmetro Turbidez, para manter a qualidade das águas superficiais, no aspecto ambiental. Caso a Turbidez esteja fora dos padrões determinados pela norma, o bioma pode ser comprometido.

No tratamento de água, em Estações de Tratamento de Água (ETAs) convencionais, a medição e o monitoramento contínuo da Turbidez possibilita estabelecer malhas de controle automáticas, proporcionando segurança operacional, confiabilidade e economia na dosagem de produtos químicos.
Existem iniciativas que podem melhorar a análise de Turbidez, como a instalação do Turbidímetro na entrada da ETA, direcionando os primeiros tratamentos. O Turbidímetro também pode ser instalado após a etapa de decantação da água, possibilitando conhecimento sobre a eficiência dos processos de tratamento realizados.
A Turbidez pode ser medida e monitorada nos mais diversos segmentos, como indústria farmacêutica e química, Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), além dos setores de alimentos e de bebidas para controle de qualidade.
Métodos para análise de Turbidez
A análise de Turbidez é feita por meio da técnica de nefelometria, a partir da luz dispersa num ângulo de 90° em relação a um feixe de luz incidente. Este ângulo é utilizado por oferecer melhor sensibilidade e menor interferência às variações de granulometria, massa e das características naturais das partículas.

Para essa análise, é utilizado um Turbidímetro que expressa unidades nefelométricas de turbidez (NTU – Unidade Nefelométrica de Turbidez). Além disso, existem outras unidades de medida para Turbidez:
- FTU (Unidade de Turbidez Formazina)
- FAU (Unidade de Atenuação de Formazina)
- FNU (Unidade Nefelométrica de Formazina)
- UT (Unidade de Turbidez)
Tecnologias utilizadas para análise e monitoramento de Turbidez
Na Digimed, são desenvolvidos, projetados e construídos, instrumentos de laboratório, campo e de processo (on-line) para análise de Turbidez.
Para uso em campo e/ou laboratório, o modelo DM-TU oferece confiabilidade na medição, teclado de fácil navegação, memória com capacidade de até 500 registros de leitura, calibração e check automáticos e menu auto explicativo.
O modelo DM-TU-EBC, foi desenvolvido para análise em campo ou laboratório da indústria cervejeira. Essa versão para medição de cervejas possui faixa de leitura entre 0 e 4000 NTU, de 0 e 1000 EBC e memória com capacidade para 99 registros.

Já o DM-TU-W possui fonte de luz branca, lâmpada de filamento em estado sólido, em conformidade com a Norma US EPA 180.1, compatível com as leituras com fonte de luz em tungstênio (espectro visível de 400 a 600 nm).
Em turbidímetros de laboratório, os fatores que podem interferir na medida são:
- Microbolhas
- Posição incorreta da cubeta
- Riscos na cubeta
- Manuseio incorreta da cubeta
- Falta de homogeneidade da amostra
- Medidor não calibrado
Para análises em processo (on-line), a Digimed oferta os modelos TB-44A para média e alta Turbidez, TB-45MX para baixa e média Turbidez e com sistema de limpeza automática, o TB-44B-D para baixa Turbidez, o TTURB-46, um turbidímetro in situ, que atua como analisador, transmissor e controlador, além do lançamento TB-444BB, que foi desenvolvido para análises de ultra baixa Turbidez, para aplicação em ETAs convencionais e em Sistemas de Ultrafiltração - Resolução de milésimos de 0,001 NTU).
Em turbidímetros de processo, existem alguns fatores que podem interferir nessa medida:
- Microbolhas
- Arraste de material particulado decantado
- Velocidade de fluxo e distribuição das partículas
- Sujeira ou condensação nas lentes do emissor e/ou detector
- Analisador não calibrado
- Sujeira na cubeta ou na lente
Todos os analisadores de processo e medidores portáteis são de fabricação 100% nacional e contam com suporte e assistência técnica. Além disso, são de fácil operação e com baixo custo de manutenção.
Para saber qual instrumento melhor atende a necessidade da sua aplicação e operação, entre em contato com a nossa equipe de especialistas.