A medida de Turbidez é extremamente sensível e pode variar com o tempo, sendo assim, é comum que ao se fazer um comparativo entre instrumentos de campo e processo, o valor não seja exatamente igual. Vejamos a seguir as formas de minimizar este fenômeno, trazendo maior confiabilidade aos resultados.
As principais causas das diferenças de valores entre as medidas de campo e de processo são: utilização de amostras pouco representativas; não observância do procedimento correto de análise tanto no campo quanto no processo; frequência de calibração insuficiente; utilização de instrumentos ou padrões com baixa confiabilidade; e instalação em local inadequado. Dessa forma, devemos garantir o atendimento de todos os requisitos antes de fazer um comparativo eficaz entre as medições de campo de processo. Para isso, temos que saber as formas adequadas de se realizar as medições.
Como realizar medida de turbidez com:
Medidores de campo / bancada
Para realização de uma medida com confiabilidade metrológica é necessário seguir as boas práticas de laboratório conforme abaixo:
• As cubetas de análise não podem estar sujas nem riscadas. Deve-se sempre limpá-las com papel macio antes da medição. Além disso, devem ser inseridas na posição correta conforme indicação do fabricante;
• Para medida e calibração deve-se utilizar sempre cubetas casadas, a fim de reduzir o erro proveniente da diferença de espessura ou formato das cubetas;
• A checagem com padrões confiáveis e calibração é uma boa forma de assegurar que o medidor não está com nenhum desvio. Para determinar a frequência ideal de checagem deve ser feita uma carta controle para cada aplicação;
• A calibração do instrumento deve ser feita em um ponto próximo a faixa de análise;
• A amostra deve estar bem homogênea e sem presença de bolhas de ar. Locais com vibrações devem ser evitados;
• Deve ser criado um procedimento padronizado para a ação de homogeneização tanto na leitura da amostra quanto do padrão. Não se deve realizar uma agitação brusca, pois isso irá provocar aparecimento de microbolhas na cubeta, ao passo que a agitação deve ser suficiente para que a amostra ou padrão fiquem homogêneos.
Confira os modelos disponíveis em: https://digimed.ind.br/br/produtos/turbidez/medidores_de_laboratorio_ou_portateis
Analisadores de processo
O principal a ser analisado para analisadores de processo são os pontos de instalação e amostragem. A maior parte dos analisadores de Turbidez de processo (linha) são extrativos, ou seja, é necessário levar uma alíquota da amostra até o instrumento.
Abaixo estão as instruções para realização de uma medição correta:
• Deve ser avaliado qual o ponto mais representativo para tomada de amostra. Numa tubulação, por exemplo, deve-se fazer a tomada de amostra num ponto sem turbulência e no centro do tubo evitando as extremidades, que podem conter grande quantidade de bolhas de ar (no caso de tomadas de amostra na parte superior), ou material decantado (no caso de tomadas de amostra na parte inferior). Em ambos os casos, a leitura de Turbidez irá apresentar um valor maior do que o real;
• O ideal é que os analisadores extrativos tenham sempre um pote desborbulhador para eliminação de bolhas de ar que podem, erroneamente, ser interpretadas como Turbidez. O fluxo da amostra deve ser baixo para evitar perturbações;
• A instalação do instrumento deverá ser em um local livre de vibrações e muito bem alinhado, sem inclinação para frente nem para os lados;
• Checagem com padrões confiáveis deve ser feita em uma periodicidade suficiente para garantir que o analisador funcione sem desvios. Esta periodicidade pode ser estabelecida por meio de carta controle e deve variar de acordo com a aplicação;
• Para os analisadores de imersão, inserção ou submersão deve-se observar atentamente a forma correta de instalação e orientações do fabricante.
Confira os modelos disponíveis em: https://digimed.ind.br/br/produtos/turbidez/analisadores
OBS: A comparação de desempenho dos instrumentos deve ser referenciada em padrões confiáveis, nunca em outros instrumentos.
Por fim, após assegurar os procedimentos corretos de análise, deve-se assegurar que ambas as análises (campo e processo) estão sendo feitas no mesmo ponto de amostragem e com o menor intervalo de tempo possível. Caso a coleta de campo demore a ser realizada e não seja adequadamente homogeneizada, haverá um erro devido à porção decantada do material particulado, levando assim a uma interpretação errada dos resultados da medição. Além disso, sempre que possível deve-se utilizar o mesmo lote de padrões para calibração dos instrumentos, eliminando o erro proveniente do preparo dos padrões.
Seguindo estas recomendações os resultados do comparativo entre campo e processo serão muito mais confiáveis, tornando possível uma avaliação mais assertiva das condições de processo e a implantação de ações de melhoria e manutenção do sistema.
Temas relevantes:
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