Cloração é o processo de adição de produtos à base de Cloro à água, inativando microrganismos patogênicos, além de oxidar um grande número de substâncias orgânicas e inorgânicas – como o gás sulfídrico, Ferro e Manganês – tornando-a apta ao consumo humano como água química e biologicamente potável.
Os principais produtos utilizados nesse processo são o hipoclorito de Sódio, o hipoclorito de Cálcio e, em maior escala e frequência, o Cloro gasoso (Cl2) largamente utilizado em empresas de saneamento. Este último ao se dissolver em água, forma o ácido hipocloroso (HOCl+) e o íon hipoclorito (OCl-).
O equilíbrio da reação entre essas duas substâncias (HOCl+ e OCl-) é altamente dependente do pH. O poder bactericida do ácido hipocloroso é muito mais eficiente (cerca de 80 vezes mais) que o íon hipoclorito e por isso é recomendável que a cloração seja feita com valores de pH abaixo de 7 para garantir uma maior presença dessa substância, reduzindo a quantidade necessária de produtos à base de cloro, tornando o processo mais efetivo e econômico.
No processo de cloração, determinamos que o Cloro pode ser RESIDUAL, COMBINADO ou TOTAL.
O CLORO LIVRE é determinado através da presença de Cloro (HOCl+) e (OCl-) na água que não reagiu com substâncias inorgânicas, orgânicas e microrganismos. O excedente é conhecido como CLORO RESIDUAL.
O CLORO COMBINADO por sua vez, ocorre em águas que possuem compostos amoniacais que reagem com o Cloro gerando as cloraminas (mono, di e tri). O resultado dessa reação é o Cloro combinado. Ele também possui poder de desinfecção, mas muito inferior ao potencial de oxidação do ácido hipocloroso, e até mesmo que o íon hipoclorito.
O CLORO TOTAL por fim, é a concentração do Cloro, somando todas as formas citadas acima.
Em uma Estação de Tratamento de Água típica pode conter até três etapas de cloração: a Pré-cloração, Desinfecção e Pós-cloração.
1. Pré-cloração
Assim que a água bruta chega à ETA (Estação de Tratamento de Água), o Cloro é dosado para aumentar a eficiência do controle da matéria orgânica, microrganismos e metais, oxidando os materiais que resultam no sabor, odor e Cor. Quando não há mais a presença dessas substâncias, a adição de mais Cloro faz com que ele se dissolva na forma de Cloro residual livre, ou seja, a presença de Cloro residual livre garante o sucesso da pré-cloração.
Essa fase fundamental ao sucesso do processo de tratamento necessita de instrumentos eficientes e robustos para que haja alta performance e resultados 100% eficazes. Os instrumentos para análises de Cloro mais indicados são: TW-52-HP (processo) e DM-CL (Campo).
2. Desinfecção
Nessa etapa, é feita a última dosagem de Cloro antes da água potável sair da ETA. É uma forma de garantir que a água fornecida chegue ao consumidor, isenta de microrganismos, e em conformidade normativa, com a Portaria de Consolidação nº 05 publicada pelo Ministério da Saúde em 03/10/2017, onde estabelece padrões de potabilidade da qualidade da água para consumo humano. A concentração de Cloro deve ser no mínimo 0,2 ppm para a distribuição ao consumidor e deve ser medido a cada 2 horas.
Aqui é essencial contar com instrumentos de alta confiabilidade operacional, e de alta exatidão e precisão para que atendam à norma, como o analisador de cloro amperométrico de processo TW-52-HP, o medidor de Cloro livre, total e dióxido de Cloro de campo DM-CL e o analisador online colorimétrico de Cloro livre e total de processo AI-CL2-HP, em conformidade com o Standard Methods e com calibração automática.
3. Pós-Cloração
Por conta da volatilidade (evaporação) do Cloro, a água tende a perder o seu poder de desinfecção. Por esse motivo, é necessário monitorar continuamente e restabelecer a concentração de Cloro residual em processos muito longos de distribuição e em caixas d’água.
Aqui continua-se a seguir a Portaria de Consolidação n° 5, com a concentração mínima de 0,2 ppm de Cloro para todos os consumidores com medições frequentes a cada 2 horas. Os equipamentos continuam sendo os mesmos, tanto para processo quanto para campo.
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