Para instrumentos analíticos a qualidade da
amostragem deve ser bastante criteriosa, já
que, muitas vezes, trabalha-se com ordens de
grandeza muito pequenas, como partes por milhão ou
extremamente pequenas como partes por bilhão. Para se
obter confiabilidade, com níveis dessa ordem de grandeza,
a amostra deve estar livre da presença de interferentes,
contaminantes e de condições que provoquem interferência
cruzada ou o mal funcionamento do analisador ao longo de
sua vida operacional.
As características do processo, como, pressão, temperatura,
materiais particulados e de espécies químicas, devem ser
sempre levadas em conta com o objetivo de não introduzir erros
de leitura e não reduzir o tempo de vida dos instrumentos e
sensores.
Caso nenhum ponto do processo ofereça uma amostra dentro
das especificações necessárias para a análise, uma alternativa
seria a utilização de um sistema de condicionamento desta
amostragem.
O condicionamento ideal, varia com cada tipo de processo e
os parâmetros que deseja-se analisar. Um sistema ineficiente
pode comprometer a representatividade e integridade da
amostra, causar atrasos, comprometer os valores e a resposta
de qualquer malha de controle que o analisador participe,
assim como a própria integridade do analisador, e a segurança
patrimonial e pessoal dos colaboradores.
Um sistema eficiente de condicionamento de amostra
abrange os seguintes requisitos:
• Captação representativa da amostra: deve-se
instalar uma tomada de amostra em um ponto
do processo e transportá-la até o sistema de
condicionamento;
• Preparo da amostra: diminuição da pressão e
temperatura se necessário;
• Eliminação de material particulado: não deve
causar alterações nas características da amostra.
É realizado geralmente através de um sistema
de centrifugação e/ou filtragem com elementos
filtrantes adequados. Em casos com alta
concentração de sólidos suspensos é interessante
utilizar sistemas de retrolavagem para prolongar a
vida útil dos filtros;
• Sistema de segurança para proteção dos sensores
em uma eventual falha no sistema de preparo;
• Ponto de coleta de amostra para eventual checagem
da análise;
• Descarte da amostra em dreno adequado ou retorno
da amostra para o processo, caso possível;
• O tempo morto deve atender a necessidade do
tempo de resposta da malha de controle.