O Controle Estatístico de Processo (CEP), tem o objetivo de controlar e manter a qualidade dos valores de medição de um processo por meio do histórico de medição. Pode ser aplicando tanto para ensaios de verificação, certificados de calibração ou medições de um processo utilizando-se cartas de controle estatísticos, por exemplo e ou simplesmente um valor de corte do processo (alarmes). As principais vantagens de um CEP é determinar valores de medições aberrantes, desvios de medições, derivas de instrumentos ou tendências de um processo.
O que é a carta controle?
A carta controle é uma das principais ferramentas utilizadas em CEP. Possibilita verificar de forma gráfica se o processo está sob controle ou se existe uma tendência de deriva no sistema e, consequentemente, determinar se há necessidade de intervenção no processo ou instrumento, garantindo a confiabilidade, otimizando tempo e reduzindo custos, como apontado no artigo O que é uma Calibração.
Para construção da carta controle utilizam-se medições ao longo do tempo em condições de reprodutibilidade. É calculado o desvio padrão médio e a média das medições (σ), e por meio destes valores são produzidas três zonas de controle na carta (zona A, B e C), conforme o gráfico abaixo:
Conforme visualizado na tabela, a carta de controle é composta por uma faixa de tolerância limitada pela linha superior de controle (LSC), uma linha inferior de controle (LIC) e uma linha média de processo, que foram estatisticamente determinadas. A LSC é determinada pelo valor da média mais 3 vezes o desvio padrão, enquanto que a LIC é determinada pelo valor da média menos 3 vezes o desvio padrão. Esta região é denominada de região estatisticamente aceitável para o processo.
Adicionalmente, a região aceitável é subdividida em mais duas regiões: a região B, limitada pelo valor da média mais ou menos 2 vezes o desvio padrão, já a região C, é limitada pelo valor da média mais ou menos 1 vez o desvio padrão. A região C é conhecida como região ideal enquanto que a região B é a região aceitável.
Os valores são lançados na carta, toda vez que é feita uma análise do parâmetro. Como esses valores são acumulativos, quanto mais análises são realizadas, mais representativa fica a média e o desvio padrão para o parâmetro analisado. Por isso, a carta controle possui um comportamento dinâmico ao longo do tempo e o ideal é que a sua aplicação seja considerada após o método possuir pelo menos 30 análises.
A norma ISO 8258 (1991) descreve várias situações que indicam que um processo encontra-se fora de controle estatístico e também como proceder em cada uma delas.
Abaixo consta um exemplo de criação de uma carta controle para análise de um padrão 4,01 pH.
Por meio da análise da carta de controle é possível inferir que não houve a ocorrência de nenhuma das regras, portanto durante o período de 30 medições, os resultados das análises são válidos e não sugerem que nenhuma ação corretiva seja executada no processo, instrumento e soluções e reagentes.
A construção da carta controle pode ajudar significativamente no acompanhamento do processo, possibilitando tomar ações preventivas e corretivas de forma rápida e assertiva, focadas em manter a estabilidade e confiança das medições e dos instrumentos utilizados.
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