A água que irá para o tratamento pode ter origem em rios, lagos, represas, as chamadas águas de superfície, ou ainda em lençóis freáticos, chamadas de águas subterrâneas. No caso de água de superfície, sua qualidade é bastante impactada pelas condições climáticas como chuva ou período de secas. Por isso, é importante monitorar a Turbidez da água bruta. A estação é projetada com uma certa capacidade de tratamento. Caso haja um aumento da Turbidez que ultrapasse a essa capacidade, as bombas de captação são desligadas até que a água volte as condições normais.
No caso de águas subterrâneas, não ocorrem alterações devido a presença de sólidos e a água tem características físico-químicas, do ponto de vista de potabilidade, de melhor qualidade. Desta forma, a água recebe somente a dosagem de Cloro e Flúor antes do armazenamento e da distribuição para o usuário final, ou o tratamento é realizado em ETA’s compactas, onde é feita somente a filtração. Após a captação e antes da calha Parshall, costuma-se controlar o pH da água, de modo que ele fique na faixa ideal para a posterior reação com o coagulante. Geralmente, o pH deve estar entre 6,2 e 6,5, mas esse valor pode se alterar de acordo com o tipo e concentração do reagente coagulante utilizado. Para determinar as condições ideais de coagulação é realizado um jar test em laboratório.
Confira nossos principais instrumentos para a turbidez e pH da sua água bruta:
Na água bruta a análise de Turbidez deve ser realizada por um instrumento que atenda faixas altas. O modelo TB-44A é indicado para essa aplicação, pois a amostra não tem contato com as partes sensoras do analisador. Essa característica protege a parte ótica de arranhões ou outros danos que podem ser causados por materiais particulados que geralmente estão presentes na água de rios, lagos e represas. O range de 0-10.000 NTU do TB-44A permite a continuidade da análise mesmo em condições extremas de aumento de Turbidez, o que pode ocorrer após fortes chuvas, por exemplo. O corpo alongado do pote desborbulhador, garante a decantação de sólidos evitando a interferência nas futuras análises. A descarga de fundo, que pode ser automática (modelo TB-44A-AL) ou manual, facilita a limpeza e operação do instrumento.
O pH da água bruta deve ser ajustado de modo a atender o pH ótimo de reação de coagulação realizada na calha Parshall. Para este ponto o modelo TH-404 com a sonda TS-21X é bastante adequado. O analisador possui duas saídas discretas ON-OFF e PWM para controle de bombas dosadoras de álcalis ou ácidos para automação do processo. A sonda TS-21X é instalada em transfluência na tubulação para análise contínua da água. A dosagem de químicos deve ser realizada em um ponto anterior à sonda e a uma distância suficiente para garantir a homogeneização e reação a amostra. Caso a captação da água seja interrompida, a construção da sonda permite o acúmulo de amostra no seu interior evitando a desidratação do eletrodo de pH. Em alguns casos o ponto de análise já fica na própria calha Parshall. Desta forma, uma sonda de imersão, modelo TS-11, atende bem a aplicação. De fácil instalação, a sonda fica imersa na calha onde mede continuamente o pH e controla as bombas dosadoras que estão na etapa anterior.