Com o objetivo de reduzir o custo, muitos clientes optam por utilizar analisadores de ORP para determinar a concentração de Cloro na amostra. O analisador de ORP mede o potencial das reações de oxirredução que ocorrem no processo e indicam o potencial oxidante ou redutor que aquela amostra apresenta.
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Ao realizar a dosagem de Hipoclorito de Sódio, por exemplo, o potencial oxidante da amostra se eleva e é possível fazer um correlação do resultado em milivolts para concentração de Cloro. A resposta em concentração de Cloro é proveniente da resposta da análise de ORP, do pH da amostra e da temperatura. Com estas três informações é possível relacioná-las através do gráfico e chegar a resposta em concentração. |
Relação entre ORP, pH e Cloro livre |
Por que, então, não é ideal medir Cloro através de ORP?
A técnica é apenas uma correlação. Não é uma medição direta, tampouco seletiva ao Cloro, ou seja, o eletrodo redox “sente” todas as espécies oxidantes e redutoras presentes na amostra sem diferenciá-las. Desta forma, a precisão e exatidão dependem intrinsecamente de três variáveis (ORP, pH e temperatura) o que minimiza a confiabilidade e resulta em um alto grau de incertezas associadas. Somando-se a isso, podem ocorrer, ainda, “contaminações cruzadas” na presença de outros compostos oxidantes ou redutores, os quais serão importantes interferentes.
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No processo de cloração em estações de tratamento de água, a água potável deve atender uma série de exigências determinadas na Portaria 888/21, entre elas o residual de Cloro livre. Segundo a portaria, deve-se controlar o Cloro entre um mínimo de 0,2 ppm e máximo de 5 ppm, sendo o recomendável 2 ppm. Ao realizar esse controle através de um Analisador de ORP, por interferência de outras espécies químicas, o resultado pode sair abaixo do mínimo exigido ou acima do máximo permitido. |
Detalhe de estação de tratamento de água |
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A detecção de Cloro na entrada de sistemas de osmose reversa é importante para proteção das membranas filtrantes. |
Outro exemplo seria em processos onde não deveria haver presença de Cloro, como entrada de sistemas de osmose reversa. A falta de precisão e seletividade da análise podem, em alguns casos, aumentar desnecessariamente o consumo de reagente sequestrante ou mascarar a presença de Cloro causando danos às membranas da osmose. Em ambas as situações, o resultado trará prejuízos financeiros que não justificarão o menor investimento realizado inicialmente.
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