Neste guia vamos explicar os principais componentes de um eletrodo de pH e no que você realmente deve se atentar ao adquirir um.
Um eletrodo de pH é a parte sensível (sensora) de um instrumento. De maneira simples, o pH é medido através da diferença de potencial elétrico entre o eletrodo de medida (ou meia célula de medida) e o eletrodo de referência (ou meia célula de referência). Essa diferença de potencial (mV) é convertida ao valor proporcional de pH.
A maior parte dos eletrodos de pH da Digimed são eletrodos combinados. Isso significa que tanto a meia célula de medida quanto a meia célula de referência estão construídas em um único corpo. Caso você precise, a Digimed também fabrica os eletrodos de medida e referência separadamente.
1. Corpo
A maior parte dos eletrodos fabricados possuem corpo de vidro. Por ser um material inerte, é utilizado na maior parte das aplicações. Outros materiais, como poliacetal e kynar, podem ser utilizados caso o vidro não seja o mais adequado para a amostra.
Vale a pena mencionar que para sólidos e semissólidos como carnes e queijos, o eletrodo pode contar com um revestimento de aço inoxidável ou poliacetal.
2. Tipo de eletrólito
Os eletrólitos são as soluções presentes dentro do corpo do eletrodo e permitem criar a conexão (ponte salina) entre as duas meia-células, gerando a mobilidade iônica necessária para a medição.
Os sensores com orifício de recarga possuem a característica de ser autolimpante, já que o eletrólito escoa através da junção.
Já os que possuem polímeros em forma de gel não possuem um orifício de recarga e são “blindados”. A grande vantagem é que eles não necessitam de reposição de eletrólito, sendo muito utilizados em processos e em medidores portáteis.
3. Junção
Quando há o contato entre o eletrólito da referência com a amostra através da junção, a medição ocorre. Portanto, qualquer obstrução na junção pode provocar erros na leitura. Por isso o tipo de junção é diretamente relacionado ao tipo de amostra que será analisada.
A junção mais conhecida é a de cerâmica, pois se integra facilmente com o vidro e é porosa o suficiente para permitir a passagem do eletrólito.
O politetrafluoroetileno (PTFE) também pode ser usado por ser hidrofóbico e com uma excelente resistência química. Bastante utilizado em amostras com presença de óleos e graxas.
4. Bulbo
Existem diferentes formatos do bulbo para atender necessidades de amostras com características diversas.
Esférico: O clássico formato arredondado que visa ter a maior área de contato possível com a amostra. Conhecido pela sua versatilidade e grande número de aplicações. | |
Conquilha: Este formato foi desenvolvido para reduzir a área de contato do bulbo com a amostra. Isso é particularmente positivo em amostras que possuem grande quantidade de material particulado, que pode agredir mecanicamente o bulbo. | |
Cônico ou Perfuração: Com formato de perfuração, a entrada do bulbo em semissólidos é facilitada. Em conjunto com a faca em aço inox, pode inclusive ser utilizado em sólidos. Aplicações principalmente em frigoríficos e laticínios. | |
Flat ou Plano: Desenvolvido para um contato direto na superfície. Aplicações em papeleiras, couros, peles e farmacêuticas. |
5. Conector
Existem uma variedade muito grande de conectores para que possam atender as mais diversas aplicações. Os conectores fornecidos, podem ser escolhidos de acordo com a necessidade do cliente e de cada aplicação.
BNC: Conector macho usado em eletrodos de pH, Redox, Termocompensadores e atimônios.
Mini DIN: Conector macho usado em eletrodos de pH, Redox e antimônios.
DIN: Adaptador macho usado em eletrodos de pH, Redox e antimônios.
Banana: Conector pino de 4 a 2 mm, usado em eletrodos de referência.
Pino: Terminal tipo pino, usado em cabos de interligação ou eletrodos de uso geral.
Garfo: Terminal tipo forquilha, usado em cabos de interligação ou eletrodos de uso geral.
Como você pode perceber, escolher um eletrodo requer bastante atenção ao processo que você cuida, principalmente na composição físico-químico e condição da amostra.
Lembre-se que este guia é apenas uma referência rápida sobre os nossos sensores de pH. Toda aplicação é sempre única e empírica ao seu processo. Consulte o manual de instruções ou entre em contato conosco para mais informações, procedimentos e sugestões de novas possibilidades.
É importante arnazenar e realizar limpezas de modo correto a fim de aumentar a vida útil do eletrodo.
Limpeza do eletrodo
Após uma série de medições, o sensor pode começar a perder a sensibilidade e apresentar desvio nas leituras. Para diminuir as chances de erros de leitura e aumentar a vida útil do eletrodo de pH é recomendo realizar uma limpeza a cada uso e uma limpeza mais profunda periodicamente. Este período depende da frequência de medições e do tipo de aplicação.
Armazenamento de eletrodos de pH
- Mantenha sempre o bulbo de medição e a referência úmidos.
- Use a capa protetora com solução padrão de enchimento do eletrodo ou pH.
- Nunca use água destilada para armazenagem.
Obs.: para eletrodos de Íon Seletivo consulte instruções do manual do eletrodo. Não use estes procedimentos.
Limpeza durante as medições:
Para evitar as contaminações durante as medições, lave o sensor com água deionizada e seque cuidadosamente o eletrodo.
Limpeza periódica:
Importante realizar para evitar desvios nas leituras e aumentar a sua sensibilidade.
- Lavar o sensor com água e sabão neutro, sempre massageando levemente o bulbo para não danificá-lo. Após a limpeza, deve-se recalibrar o equipamento.
- Em caso de resíduos orgânicos e inorgânicos no sensor: com o orifício de recarga aberto, mergulhe o sensor na solução (veja abaixo) e depois enxague bem com água destilada.
Orgânico: utilize Solução Thiouréia DM-S3– deixe o sensor repousar em KCL 3m por 1 hora.
Inorgânico: Solução Pepsina DM-S2– deixar de repouso por 15 minutos. - Sujeiras mais aderentes: mergulhe em ácido Clorídrico 20% durante 10 minutos. Em seguida deixe imerso durante 12h em solução KCl 3m (Exceto para DME-CV6, deixar em solução tampão).
- Membranas ressecadas: mergulhe durante 30 segundos em solução HF (1 - 2%) para renovação da capa gel. Em seguida, deixar imerso durante 12h, em solução de KCI 3M. (Exceto para DME-CV6, deixar em solução tampão).
Importante lembrar que existem outros tipos de eletrodos e outras formas de limpeza.
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