Neste guia vamos explicar os principais componentes de um eletrodo de pH e no que você realmente deve se atentar ao adquirir um.
Em tempo: Um eletrodo de pH é a parte sensível (sensora) de um instrumento. De maneira simples, o pH é medido através da diferença de potencial elétrico entre o eletrodo de medida (ou meia célula de medida) e o eletrodo de referência (ou meia célula de referência). Essa diferença de potencial (mV) é convertida ao valor proporcional de pH.
A maior parte dos eletrodos de pH da Digimed são eletrodos combinados. Isso significa que tanto a meia célula de medida quanto a meia célula de referência estão construídas em um único corpo. Caso você precise, a Digimed também fabrica os eletrodos de medida e referência separadamente.
- Corpo
- A maior parte dos eletrodos fabricados possuem corpo de vidro. Por ser um material inerte, é utilizado na maior parte das aplicações. Outros materiais, como poliacetal e kynar, podem ser utilizados caso o vidro não seja o mais adequado para a amostra.
Vale a pena mencionar que para sólidos e semissólidos como carnes e queijos, o eletrodo pode contar com um revestimento de aço inoxidável ou poliacetal.
- Tipo de eletrólito
Os eletrólitos são as soluções presentes dentro do corpo do eletrodo e permitem criar a conexão (ponte salina) entre as duas meia-células, gerando a mobilidade iônica necessária para a medição.
Os sensores com orifício de recarga possuem a característica de ser autolimpante, já que o eletrólito escoa através da junção.
Já os que possuem polímeros em forma de gel não possuem um orifício de recarga e são “blindados”. A grande vantagem é que eles não necessitam de reposição de eletrólito, sendo muito utilizados em processos e em medidores portáteis.
- Junção
Quando há o contato entre o eletrólito da referência com a amostra através da junção, a medição ocorre. Portanto, qualquer obstrução na junção pode provocar erros na leitura. Por isso o tipo de junção é diretamente relacionado ao tipo de amostra que será analisada.
A junção mais conhecida é a de cerâmica pois se integra facilmente com o vidro e é porosa o suficiente para permitir a passagem do eletrólito.
O politetrafluoroetileno (PTFE) também pode ser usado por ser hidrofóbico e com uma excelente resistência química. Bastante utilizado em amostras com presença de óleos e graxas.
- Bulbo
Existem diferentes formatos do bulbo para atender necessidades de amostras com características diversas.
Esférico: O clássico formato arredondado que visa ter a maior área de contato possível com a amostra. Conhecido pela sua versatilidade e grande número de aplicações.
Conquilha: Este formato foi desenvolvido para reduzir a área de contato do bulbo com a amostra. Isso é particularmente positivo em amostras que possuem grande quantidade de material particulado, que pode agredir mecanicamente o bulbo.
Cônico: Com formato de perfuração, a entrada do bulbo em semissólidos é facilitada. Em conjunto com a faca em aço inox, pode inclusive ser utilizado em sólidos. Aplicações principalmente em frigoríficos e laticínios.
Plano: Desenvolvido para um contato direto na superfície. Aplicações em papeleiras, couros e peles e farmacêuticas.
- Conector
Existem uma variedade muito grande de conectores que podem depender da aplicação. Via de regra o mais comum são os modelos BNC, DIN, Pino, Banana e Garfo. Fabricamos os eletrodos de acordo com o conector que você precisa.
Como você pode perceber, escolher um eletrodo requer bastante atenção ao processo que você cuida, principalmente na composição físico-químico e condição da amostra.
Lembre-se que este guia é apenas uma referência rápida sobre os nossos sensores de pH. Toda aplicação é sempre única e empírica ao seu processo. Consulte o manual de instruções ou entre em contato conosco para mais informações, procedimentos e sugestões de novas possibilidades.