Existem diversas metodologias que permitem a análise on-line da concentração de Cloro livre em amostras aquosas. A escolha da técnica ideal leva em conta diversos fatores como tipo do Cloro utilizado na dosagem, pH do meio, presença de sólidos suspensos e Cor, além do custo da análise.
Com o objetivo de reduzir o custo, muitos clientes optam por utilizar analisadores de ORP para determinar a concentração de Cloro na amostra. O analisador de ORP mede o potencial das reações de oxirredução que ocorrem no processo e indicam o potencial oxidante ou redutor que aquela amostra apresenta.
Ao realizar a dosagem de Hipoclorito de Sódio, por exemplo, o potencial oxidante da amostra se eleva e é possível fazer uma correlação do resultado em milivolts para concentração de Cloro. A resposta em concentração de Cloro é proveniente da resposta da análise de ORP, do pH da amostra e da temperatura. Com estas três informações são possíveis relacioná-las através do gráfico abaixo e chegar à resposta em concentração.
Por que, então, não é ideal medir Cloro através de ORP?
A técnica é apenas uma correlação. Não é uma medição direta, tampouco seletiva ao Cloro, ou seja, o eletrodo redox “sente” todas as espécies oxidantes e redutoras presentes na amostra sem diferenciá-las. Desta forma, a precisão e exatidão dependem intrinsecamente de três variáveis (ORP, pH e temperatura) o que minimiza a confiabilidade e resulta em muitas incertezas associadas. Somando-se a isso, podem ocorrer, ainda, “contaminações cruzadas” na de presença de outros compostos oxidantes ou redutores, os quais serão importantes interferentes.
No processo de cloração em estações de tratamento de água, a água potável deve atender uma série de exigências determinadas na Portaria de Consolidação nº 5 do Ministério da Saúde, entre elas o residual de Cloro livre. Segundo a portaria, deve-se controlar o Cloro entre um mínimo de 0,2 ppm e máximo de 5 ppm, sendo o recomendável 2 ppm. Ao realizar esse controle através de um Analisador de ORP, por interferência de outras espécies químicas, o resultado pode sair abaixo do mínimo exigido ou acima do máximo permitido.
Outro exemplo seria em processos em que não deveria haver presença de Cloro, como entrada de sistemas de osmose reversa. A falta de precisão e seletividade da análise podem, em alguns casos, aumentar desnecessariamente o consumo de reagente sequestrante ou mascarar a presença de Cloro causando danos às membranas da osmose. Em ambas as situações, o resultado trará prejuízos financeiros que não justificarão o menor investimento realizado inicialmente.
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