Os Valores Orientadores (VOR), desenvolvidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), são um programa que visa monitorar, gerenciar e remediar áreas contaminadas no estado de São Paulo, com o objetivo de proteger a saúde pública e o meio ambiente.
O programa se concentra na identificação e caracterização de áreas afetadas por contaminação, promovendo análises ambientais e monitoramento contínuo para avaliar a extensão da poluição e a eficácia das intervenções.
Nos últimos anos, o VOR passou por algumas alterações para aprimorar sua eficácia e adaptá-lo às novas demandas e desafios ambientais. Essas mudanças incluem a atualização de diretrizes e procedimentos para a coleta de amostras, a implementação de tecnologias mais avançadas para monitoramento e análise, e a maior integração com outras iniciativas de gestão ambiental.
Essas alterações também visam não apenas melhorar a eficiência do programa, mas também garantir que as ações tomadas sejam mais eficazes na proteção da saúde pública e na recuperação de áreas contaminadas.
Os Valores Orientadores são divididos em três categorias:
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Valor de Intervenção (VI)
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Valor de Prevenção (VP)
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Valor de Referência de Qualidade (VRQ)
O Valor de Intervenção (VI) indica que os parâmetros com valores acima dele possuem riscos diretos e indiretos à saúde humana. Em casos de parâmetros de VI, a área pode ser considerada contaminada sob investigação.
O Valor de Prevenção (VP) aponta que podem ocorrer alterações prejudiciais na qualidade do solo e da água subterrânea.
Já o Valor de Referência de Qualidade (VRQ) é quando os parâmetros apontam que o solo e a água subterrânea estão limpos e/ou seu estado natural.
Como chegar aos Valores Orientadores
Com a divisão dos Valores Orientadores, é possível saber qual o nível de contaminação do solo e da água subterrânea, quais os parâmetros presentes, além de permitir que as áreas contaminadas sejam gerenciadas de forma adequada e a poluição seja controlada.
Para isso, realiza-se a coleta acreditada com bomba de baixa vazão, que é um procedimento importante para garantir a qualidade e a confiabilidade das amostras de água subterrânea em estudos ambientais.
De acordo com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, que estabelece requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, a coleta de amostras deve ser realizada de maneira a assegurar a integridade e a representatividade das amostras.
As bombas de baixa vazão são frequentemente utilizadas nesse processo, pois permitem a extração controlada de água dos poços de monitoramento, minimizando a perturbação do sistema aquífero e evitando a introdução de contaminantes externos.
A utilização dessas bombas é especialmente relevante em áreas contaminadas, onde a precisão na coleta de amostras é crucial para a avaliação da qualidade da água.
Esses poços são instalados para coletar amostras de água subterrânea e solo, permitindo a avaliação da extensão da contaminação e a eficiência das medidas de remediação.
As análises ajudam a entender a dinâmica dos contaminantes, possibilitando a tomada de decisões informadas sobre intervenções necessárias.
A norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 enfatiza a importância de procedimentos padronizados e documentados para a coleta de amostras, incluindo a calibração e a manutenção dos equipamentos utilizados. Isso garante que os resultados obtidos sejam confiáveis e possam ser utilizados em análises e relatórios técnicos.
Além disso, a norma requer que os laboratórios que realizam a coleta de amostras demonstrem sua competência técnica, o que inclui a formação e o treinamento dos profissionais envolvidos, bem como a implementação de controles de qualidade durante todo o processo de coleta e análise, assegurando que os dados obtidos sejam representativos e possam ser utilizados para avaliações ambientais precisas e eficazes.
Os Valores Orientadores (VOR), da CETESB, desempenham um papel vital na proteção ambiental e na saúde pública, assegurando que as áreas contaminadas sejam devidamente monitoradas e tratadas, e que a qualidade dos recursos hídricos e do solo seja mantida.
Portanto, a realização de análises ambientais regulares é essencial para garantir que as medidas adotadas sejam eficazes e que os riscos sejam minimizados.
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